Friday, May 22, 2009

Cat Power, outubro/2007

Saturday, May 09, 2009

Oasis em São Paulo, maio/2009

Quando se tem apenas 9 anos, não dá pra disputar com muita gente. Mesmo que o Romário tivesse ganho a Copa do Mundo sozinho, ou o Telê tivesse levado o tricolor aos 2 mundiais, o meu ídolo por volta de 94 era o meu irmão. Se ele chegasse em casa com um latão de lixo e falasse "come aí, é gostoso", pra mim tava beleza. Irmão mais velho com mínimo de inteligência e disposição pra ensinar as coisas já é digno de honra em vários casos, imagina então quando o bicho tem bom gosto e muita vontade de passar tudo pra frente?
Sem querer cair pro papinho drama das coisas bonitas da vida, o negócio todo é que a minha educação musical foi ditata por ele, desde o primeiro cd que vi entrar em casa (o primeiro play do Pixies), até o Let's Go do Rancid, que me fez ter interesse por punk.
O Shin era um moleque chato de começo de Mtv. Gravava clipes em VHS, comprava qualquer merda de revista de música que saísse e, óbvio, ouvia a 89 compulsivamente. Era meio claro que uma hora ou outra ele acabaria sendo um jornalista musical, como acabou acontecendo.
Um dos discos que ele comprou logo que saiu foi o Definitely Maybe, do Oasis, com a capa que tem a foto do Burt Bacharach de ladinho (óbvio que ele me disse isso também) e o som do clipe em cima do prédio, que tem um sotaque estranho, manja? Give me your autograph...
Oasis se tornou minha banda favorita. Eu era obcecado por qualquer merda que saísse deles, fosse lado B, clipe ao vivo, especial de natal, qualquer respingo que tivesse, eu tava ligado. Fiz minha mãe curtir, fiz meu pai fazer esteira ouvindo Don't Look Back In Anger. Eu que não sei cantar uma música inteira sequer (mas refrão eu manjo todos), sabia todas as letras dos caras.
Óbvio que uma hora a banda se tornou uma merda e eu parei de dar atenção. Depois do terceiro disco, eu achei o quarto ok e o resto eu tava cagando e andando.
Mas aí rolou esse show agora, e das 3 vezes que eles vieram antes, eu fui em 2, só furando o Rock In Rio. E agora eu poderia fotografá-los, de pertinho. Sei lá, me acendeu uma vontade de ouvir tudo de novo.
Eu vim vê-los no Rio, mas vou ver em SP de novo. Quero passear e fazer as fotos de uma banda que eu gosto, com vontade. Claro que dá raiva ver que o Noel abdicou de fazer os solos (e mais louco ainda é ver que quando é ele quem sola, como em Supersonic e Champagne Supernova, as músicas parecem melhores... Oasis não é uma democracia, Oasis é uma ditadura de dois irmãos, uma banda tipo o Aerosmith, onde o que importa é o vocalista e o guitarrista, mais nada) e é estranho ver uma versão acúsica de Don't Look Back In Anger sem o pianinho Imagine... Mas ainda assim me dá uma coisa boa ao vê-los tocando.
Se 2 semanas atrás, quando você viu Paul Mccartney e lembrou de mim ao tocar Drive My Car, eu lembrei de você ao tocar Supersonic. Em 2006, eu realmente fiquei emocionado quando rolou Aquiesce e lembrei de você levando um menino de 13 anos até o Sambódramo em 98 pra ver a banda que ele mais gostava. Valeu, mano.













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